[Resenha] Caixa de Pássaros, Josh Malerman

Sinopse: Romance de estreia de Josh Malerman, Caixa de pássaros é um thriller psicológico tenso e aterrorizante, que explora a essência do medo. Uma história que vai deixar o leitor completamente sem fôlego mesmo depois de terminar de ler.
Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento e incontrolável que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas. Cinco anos depois do surto ter começado, restaram poucos sobreviventes, entre eles Malorie e dois filhos pequenos. Ela sonha em fugir para um local onde a família possa ficar em segurança, mas a viagem que tem pela frente é assustadora: uma decisão errada e eles morrerão.

Caixa de Pássaros - Não Abra os Olhos

Josh Malerman

Editora Intrínseca

272 Páginas

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Uma leitura angustiante e excitante ao mesmo tempo, A cada página virada o sentimento de curiosidade é acentuado e quando percebe-se o livro já acabou. Foi assim que me senti lendo esse livro.

Malorie é uma jovem mãe de dois filhos pequenos e há quatro anos ela vive trancada dentro de uma casa com as crianças. As únicas vezes que eles saem da casa é para pegar água no poço e quando saem estão de olhos vendados. Quando Malorie descobriu que estava grávida coisas estranhas começaram a acontecer ao redor do mundo, histórias de pessoas indo a loucura ao verem alguma coisa e cometendo suicídio logo em seguida. Não demora muito relatos de casos assim estão cada vez mais perto de onde Malorie mora com a irmã Shannon.

Para se manterem seguros é necessário tampar todas as janelas e não olhar para fora, de jeito nenhum. Não se sabe o que as pessoas veem antes de enlouquecer então é melhor não olhar nada. As pessoas andam vendadas quando precisam sair para fora. Num dia, a irmã de Malorie olha pela janela e se enforca, deixando Malorie grávida e sem ninguém para ajudá-la. Ela decide seguir um anuncio de jornal e ir até uma casa perto dali que recebe estranhos e se diz um loca seguro. Durante o caminho ela dirige com os olhos fechados mas consegue chegar a casa. Lá é recebida por um grupo de sobreviventes que serão a companhia de Malorie pelo resto de seus dias. O grupo é liderado por Tom e ele passa ser a visão de segurança para Malorie, dias depois outra grávida chega a casa e as duas tem que descobrir como e o que fazer quando as crianças nascerem. 

Quatro anos depois, somente Malorie e as crianças ainda estão na casa e está na hora deles irem embora, durante esses quatro anos ela os instruiu e treinou-os a sempre usar as vendas e ouvir com atenção o que se passa ao redor. Ela decide pegar o barco e descer rio abaixo até um lugar seguro, são apenas alguns quilômetros e os ouvidos das crianças serão essenciais para perceber algum perigo a espreita.

A narrativa é revezada entre os momentos antes do nascimento das crianças e o caminho que Malorie faz com elas descendo o rio e em ambos os momentos a tensão é angustiante. Não se sabe o que está la fora e o que as pessoas veem antes de enlouquecer e qualquer coisa pode ser o gatilho para a loucura. O desespero de Malorie para salvar os filhos do que está lá fora é aquilo que sempre ouvimos de mães que arriscam a própria vida para ter os filhos a salvo, amor. 

Sofremos com Malorie a cada folha que cai, a cada galho que se parte na floresta nas margens do rio e a cada uivo de lobo dentro da floresta, o fato de não saber o que é, o medo é palpável.

Mas o mais interessante é o final, não vou soltar spoiler mas ao acabar eu fiquei indignada e ao mesmo tempo aliviada. Esse é mesmo ou final?

Um prato cheio para quem gosta de suspenses, afinal a cada página o suspense é cada vez maior. Cinco estrelas para essa obra prima!

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