8 de outubro de 2014

[Resenha] Vivendo o inferno - O Pacto



Sinopse: Ignatius Perrish sempre foi um homem bom. Tinha uma família unida e privilegiada, um irmão que era seu grande companheiro, um amigo inseparável e, muito cedo, conheceu Merrin, o amor de sua vida. Até que uma tragédia põe fim a toda essa felicidade: Merrin é estuprada e morta e ele passa a ser o principal suspeito. Embora não haja evidências que o incriminem, também não há nada que prove sua inocência. Todos na cidade acreditam que ele é um monstro. Um ano depois, Ig acorda de uma bebedeira com uma dor de cabeça infernal e chifres crescendo em suas têmporas. Descobre também algo assustador: ao vê-lo, as pessoas não reagem com espanto e horror, como seria de esperar. Em vez disso, entram numa espécie de transe e revelam seus pecados mais inconfessáveis. Um médico, o padre, seus pais e até sua querida avó, ninguém está imune a Ig. E todos estão contra ele. Porém, a mais dolorosa das confissões é a de seu irmão, que sempre soube quem era o assassino de Merrin, mas não podia contar a verdade. Até agora. Sozinho, sem ter aonde ir ou a quem recorrer, Ig vai descobrir que, quando as pessoas que você ama lhe viram as costas e sua vida se torna um inferno, ser o diabo não é tão mau assim.
O Pacto
Joe Hill
320 páginas
Editora Sextante




Há muito tempo esperava pra ler esse livro, mas sempre que ia compra-lo ele nunca estava disponível pelas Saraivas da vida. Tinha até desistido mas veio a notícia que o filme ia ser lançado esse ano e precisei ler desesperadamente. Graças ao Skoob consegui por meio de uma troca. Na verdade foi a primeira troca livroxlivro que realizei pelo site.

Ignatius Perrish é um típico cara que as garotas casam. A família tem dinheiro, tem um irmão famoso e um pai mais famoso ainda. Ele vive numa cidadezinha do interior, chamada Gideão, e com 15 anos conheceu o amor da sua vida, Merrin Willians. Ela foi brutalmente assassinada e Ig é o principal suspeito. Era, na verdade. Um incêndio destrói as evidencias e Ig acaba sendo inocentado por falta de provas.

Um ano depois do crime, depois de uma noite de bebedeira, Ig acorda com uma dor de cabeça e descobre que criou chifres. Isso mesmo, chifres. Só que não são chifres comuns, são chifres mágicos que fazem com que as pessoas que Ig encontra e vêem os chifres acabam por confessar para ele seus piores e mais obscuros segredos. Utilizando desse artifício Ig vai atras da resposta que o atormentou durante o ano. Quem matou sua amada Merrin? E nessa busca ele descobre que até as pessoas que ele mais confiava podem esconder os mais terríveis segredos.

Uma das partes que eu mais gostei do livro é quando Ig vai até a casa dos seus pais e encontra sua avó na cadeira de rodas. Ao tocá-la ele descobre que ela não precisa da cadeira de rodas e continua com ela apenas por gostar que as pessoas a levem para os lugares. Ela também confessa que tem nojo do neto, acredita que ele tenha matado a própria namorada e deseja todos os dias que ele estivesse morto. Num acesso de raiva e ligando o "foda-se" Ig a empurra morro abaixo e sente um certo prazer ao ver a velha se estatelar contra a cerca. A ironia é o ponto forte do livro. As tiradas que o Ig dá quando as pessoas estão sobre o efeitos dos chifres são muito inteligentes.



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